
momentos (Foto: Amanda Kestelman / Sportv.com)
Nos braços da mãe, a ex-jogadora de vôlei Isabel, sua maior companheira na batalha, Pedro era um misto de alegria e alívio depois de receber a notícia. O terceiro exame realizado com sua amostra de urina, por um laboratório na Alemanha, não apresentou a substância proibida.
- Estou vivendo este drama há mais de 100 dias. Foi demais receber essa notícia. Passei por momentos muito difíceis e segurei essa onda. Fomos todos muito fortes aqui em casa. Quando vi que tinha acabado todo esse drama, fiz questão de dar logo um beijo na minha mãe, que ficou do meu lado o tempo todo e se envolveu 100%. Ela foi fundamental porque isso tudo foi muito barra pesada. Graças a Deus eu tenho minha mãe e minha família, mas é muito triste pensar que outros atletas podem sofrer a mesma injustiça e não conseguir provar inocência em um caso como essa - disse Pedro.
Em julho, quando recebeu a notícia do que havia testado positivo e, consequentemente, estaria suspenso por tempo indeterminado, o atleta tinha acabado de fechar uma parceria com o campeão olímpico Ricardo. Diante do percalço, Solberg perdeu a nova dupla, que agora joga com Pedro Cunha, e ficou fora de quatro etapas importantes do Circuito Mundial, às vésperas dos Jogos Olímpicos do ano que vem. Sobre o sonho de estar em Londres, Pedro garante que vai até o fim para obter justiça e não sair ainda mais prejudicado.
- Eu garanto que vou brigar pela justiça. Vou brigar para ter a oportunidade de lutar de igual para igual com as outras duplas. Me tiraram isso. Eu vinha na minha melhor fase e fui suspenso de forma equivocada, diante de dois erros de um laboratório. Esses torneios poderiam ter decidido a minha vida. Isso precisa ser revisto. Eu mereço muito essa vaga e vou lutar da mesma forma que vinha lutando para provar que era inocente - afirmou o atleta.
Sobre a parceria com Ricardo, Pedro afirma que dificilmente ela será refeita e que, por enquanto, seguirá jogando com Ferramenta até o fim do Circuito Brasileiro. Ricardo, por sua vez, também já deixou claro que continuará jogando com Cunha.
- Não levo nenhuma mágoa do Ricardo, ele fez o que tinha que fazer. É difícil julgar, não existe certo ou errado. Ele não tem que me pedir desculpa por nada. Ocorreu um imprevisto - disse Pedro.

(Foto: Amanda Kestelman/Sportv.com)
- É muito triste porque a gente percebe que podia ter sido feito de forma diferente. É um problema da Wada e do Brasil e precisa ser olhado com cuidado. Eu penso que outros atletas podem passar pela mesma situação e não ter como provar a inocência. Não basta ser guerreiro como o Pedro, tem que ter apoio, família e grana. Esse processo foi muito caro. Que sirva de exemplo para outros casos. O ideal seria que as contraprovas fossem feitas por outros laboratórios - disse Isabel, que completou - Apesar de tudo que a gente passou, todo o sofrimento, tenho certeza que ele saiu fortalecido - finalizou
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