Adversário do próximo domingo, no Pacaembu, Palmeiras marcou 23 dos 42 gols desta maneira no Brasileirão. Técnico também trabalhou contra-ataques
Por Marcelo Prado São Paulo
A temida bola parada do Palmeiras, sempre municiada pelo calibrado pé direito de Marcos Assunção, está tirando o sono dos jogadores e do técnico Emerson Leão no São Paulo. Na manhã desta quinta-feira, houve um treino tático no CT da Barra Funda e o técnico comandou um exaustivo trabalho de posicionamento com os zagueiros dentro da área e de saída rápida para os contra-ataques.
Zaga do São Paulo posicionada durante o treino de bola parada (Foto: Marcelo Prado / GLOBOESPORTE.COM) O treino tático começou com a seguinte formação no time titular: Rogério Ceni; Piris, João Filipe, Rhodolfo e Juan; Wellington, Denilson e Cícero; Dagoberto, Luis Fabiano e Fernandinho. Lucas, que está suspenso pelo terceiro cartão amarelo, foi o “clone” de Marcos Assunção e efetuou todas as cobranças. Cinco homens estavam na área na bola defensiva para afastar a bola: João Filipe, Rhodolfo, Cícero, Denilson e Luis Fabiano. Quando o corte era feito, o contra-ataque era sempre armado por Wellington, Piris e Juan, sempre buscando a velocidade de Dagoberto pela direita ou Fernandinho pela esquerda.
A preocupação são-paulina se justifica. Afinal, dos 42 gols marcados pela equipe de Luiz Felipe Scolari no Campeonato Brasileiro, 23 foram de bola parada. Um deles, inclusive, no clássico contra o próprio Tricolor, no dia 21 de agosto, no estádio do Morumbi. Para o zagueiro Rhodolfo, é preciso toda a atenção pela importância da partida para o time do Morumbi, que ainda luta por uma vaga na Taça Libertadores da América. Para isso, precisa derrotar Palmeiras e Santos.
Rogério Ceni repõe a bola durante o treinamento desta quinta-feira (Foto: Marcelo Prado / GLOBOESPORTE.COM) - A equipe deles é muito boa na bola parada e temos que nos preocupar sim. É uma jogada muito forte e temos que evitá-la. A maioria assistiu ao jogo contra o Bahia e eu estou sempre vendo o Palmeiras. Mas não é só essa a única arma ofensiva do Palmeiras. Possuem jogadores de velocidade no banco de reservas. O jeito é cada um marca o seu. Se não marcar e levar o gol, vão falar que a culpa é do zagueiro – lembrou o defensor.
Na coletiva da última terça-feira, quando questionado sobre o assunto, o técnico Emerson Leão foi simples na resposta.
- Com beques de 1,90m, a bola é deles, não tem conversinha – disse.
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