quarta-feira, 9 de novembro de 2011

‘Loucademia’ de Futebol: erros que derrubaram o Verdão no Brasileirão

Briga por contratações duvidosas, problemas no time e dirigentes batendo cabeça: em campo, Palmeiras sente desorganização e já teme rebaixamento

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
Felipão na partida do Palmeiras (Foto: Cesar Greco / Ag. Estado)Felipão grita à beira do gramado: dificuldades para
arrumar o time (Foto: Cesar Greco / Ag. Estado)
O Palmeiras do segundo semestre de 2011 prima pela falta de sintonia entre seus principais nomes. Uma série de erros de planejamento dentro e fora de campo culminou na fraca campanha da equipe no segundo turno do Campeonato Brasileiro. Com 41 pontos, a sete da zona de rebaixamento, o Verdão paga pelos equívocos, picuinhas e contratações que não deram certo. A cinco jogos do fim do Brasileirão, a intenção é se livrar logo do risco de degola e planejar a próxima temporada para evitar a repetição dos problemas.
De longe, a diretoria tenta buscar alternativas para melhorar o ambiente. Todos os problemas estouraram justamente após o início do segundo turno. Em 14 jogos, o Verdão só venceu um, contra o Ceará, no Canindé.
Briga por jogadores de “baixo escalão”
O técnico Luiz Felipe Scolari brigou com a diretoria para ter jogadores que hoje, curiosamente, não aproveita. O principal caso é o do meia Pedro Carmona, que chegou a abandonar a concentração do Criciúma para acertar sua transferência para o Verdão – ele estava emprestado ao clube catarinense e pertencia ao São José-RS. Depois que chegou ao Palestra, porém, fez apenas dois jogos e hoje sequer é relacionado.
Outro caso é o do lateral-esquerdo Gerley, que custou R$ 1,3 milhão aos cofres do Palmeiras. Observado e aprovado pelo supervisor de futebol Galeano, o jogador denotou um grande esforço da diretoria para contratá-lo. Com o aval de Galeano, seu homem de confiança, Felipão deu chances ao lateral, mas o colocou na geladeira depois de uma expulsão contra o Avaí.
A posição de centroavante também já deu dor de cabeça no Palmeiras. Desde o início do ano, Felipão pedia um autêntico camisa 9 para ficar fixo na área, e a diretoria atendeu com Wellington Paulista, ex-Cruzeiro. Nas poucas oportunidades que teve, porém, foi escalado para jogar pelas pontas, função que tem dificuldades de exercer. Sentindo-se “queimado” pelo técnico, o centroavante pediu para sair e acabou retornando ao Cruzeiro. Hoje, Fernandão e Ricardo Bueno tentam exercer essa função – ambos foram indicados pelo treinador, que inclusive brigou com a diretoria para trazer Bueno.
Caso Kleber une, mas também racha
Em um primeiro momento, o afastamento do atacante Kleber deixou o elenco mais unido e fechado, o que resultou no empate por 1 a 1 com o Flamengo, um dia depois da briga do jogador com Felipão. Ao mesmo tempo, porém, o técnico perdeu o comando do time e não conseguiu mais retomá-lo. Com exceção de jogadores mais próximos, como Luan e Marcos Assunção, Luiz Felipe Scolari não tem mais a simpatia geral do elenco, principalmente dos mais jovens.

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